Tínhamos que garimpar entre os colegas mais abastados que tinham a $ para comprar importados. Eu poderia dividir a epopeia de conseguir uma boa fita em três partes:
1] Ter que economizar a grana do lanche para comprar uma boa k-7, nada de Scotch ou Basf. O ideal era ter uma TDK de minutos. Mas no hora do aperto ia qualquer coisa, valia até mesmo apagar fitas de aulas de inglês para ter um SAVATAGE, RUNNING WILD ou ANGEL WITCH.
2] Saber o que gravar ou fazer uma cópia de algum colega. Para isso a gente tinha que confiar nos amigos que indicavam alguns grupos e faziam a seleção das músicas. Era raro conseguir copiar um isco inteiro, então a escolha tinha que valer cada segundo, inclusive algumas músicas ficavam pela metade ou caiam na artimanha do fadeout. Algumas vezes a gente conseguia levar alguns discos para casa e fazia a seleção por conta própria, mas tinha que ser rápido, pois os donos ciumentos sempre queriam seus preciosos lp´s de volta rapidamente.
3] Finalmente a parte mais difícil: convencer nossos pais que aquela barulheira era música e que não éramos "metaleiros" [Glória Maria é por isso que eu te odeio!!!]. Poder escutar as fitinhas no carro era uma guerra e em casa só usando fones de ouvido.
Coloquei a seguir algumas fotos de minhas fitas mais antigas, lá de 1983 / 1984. Além de tipografar em máquina de escrever as faixas, também era cult fazer capas [lembrem-se que naquela não havia internet e só contávamos com a Rock Brigade Fanzine e algumas revistas importadas].
Fica a nostalgia......KEEP IT METAL ON METAL...IT´S THE ONLY WAY!!!! [from ANVIL]
Caso alguém queira esta doação de cassetes basta me enviar uma mensagem e podemos acertar a entrega das fitas, pois estão ocupando muito espaço e não quero que elas sejam simplesmente jogadas no lixo.
Interessado? envie um e-mail para edwild@uol.com.br
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